Metamorfose Ambulante

A Música na Economia Criativa e os BRICS como "Metamorfose Ambulante"

Paulo Hartmann


A música é uma das vertentes mais dinâmicas e transformadoras da economia criativa, um setor que movimenta bilhões de dólares globalmente e gera empregos, inovação e identidade cultural. No Brasil, ela não apenas expressa a diversidade do povo, mas também impulsiona negócios, turismo e tecnologia. Desde o samba até o funk, passando pela MPB e pelo sertanejo, a música brasileira é um produto de exportação cultural e um eixo fundamental da economia criativa, que abrange produção, distribuição, consumo e inovação digital.

Recentemente durante a cúpula dos BRICS, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma analogia poética ao se referir aos BRICS como uma "metamorfose ambulante", citando a famosa canção de Raul Seixas. A comparação é perfeita: assim como a música se reinventa constantemente, os BRICS representam uma transformação contínua no cenário global, desafiando a ordem econômica tradicional e propondo novas formas de cooperação.

A música, assim como os BRICS, não para de evoluir. Ela se adapta às tecnologias, cruza fronteiras e cria conexões entre povos. Um exemplo recente dessa força integradora é a série documental sobre Raul Seixas, Eu Sou, disponível na Globoplay, que resgata a trajetória do artista e mostra como sua obra transcende gerações. Produções como essa destacam a sinergia entre música e audiovisual, ampliando o alcance da cultura brasileira e fortalecendo a indústria do entretenimento. A narrativa visual potencializa o legado musical, transformando-o em conteúdo multiplataforma – seja em streaming, redes sociais ou merchandising –, o que demonstra o poder da economia criativa quando diferentes linguagens artísticas se conectam.

Na economia criativa, esse poder de transformação gera riqueza e desenvolvimento, mostrando que a cultura não é apenas entretenimento, mas também um motor econômico estratégico. Enquanto os BRICS seguem sua jornada de "metamorfose ambulante", a música brasileira continua a ser um dos seus maiores ativos criativos, provando que arte e economia podem caminhar juntas – sempre em constante reinvenção.

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